Bahtuca, o canto dos tambores invade a Unochapecó

Intervenção cultural
Texto Juliane Bee*

Além do amarelo e laranja do pôr do sol, outra cena coloriu o entardecer desta segunda-feira (27/11) na Unochapecó. O habitual canto dos pássaros e as conversas nos corredores silenciaram. Tudo que se ouviu foi o som do grupo de percussão 'Bahtuca', do município gaúcho de Barão de Cotegipe. A apresentação integrou a conclusão do projeto experimental das estudantes de Publicidade e Propaganda, Amanda Cadore e Kalinca Ritter, que através de um documentário relatam a vivência musical do grupo.

As colegas Amanda e Kalinca queriam aliar suas duas paixões, música e fotografia, em seu último trabalho na Universidade. Para isso, como projeto experimental de conclusão de curso (PEX), elas optaram por um documentário. A ideia não era falar sobre um produto ou uma marca, mas retratar um projeto social. Assim nasceu 'Bahtuca, o canto dos tambores', que em 20 minutos conta parte da história do grupo, coordenado pelo professor Joel Caminho.

Conforme Amanda, o documentário é resultado de dois semestres de muito envolvimento e aprendizado com o projeto. Segundo a acadêmica, poder absorver tudo e mostrar em um audiovisual é muito gratificante. "Antes da entrega, das bancas, da nota, já sei o que ganhei e o que aprendi com tudo isso. É aquele sentimento que palavras não conseguem expressar", comenta.

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O projeto contou com a orientação da professora Angélica Lüersen e foi apresentado à banca avaliadora na segunda-feira (27/11). Alguns membros do Bahtuca estiveram presentes nesse momento. A assistente social da prefeitura do município, Grazieli Frasson, acompanhou as crianças. Ela conta que o grupo integra um projeto socioeducativo realizado no município, o Educarte. "Esse trabalho ficou lindo e nos emociona profundamente". Kalinca explica que, por meio do documentário, ela e Amanda buscaram mostrar às crianças que, independente do seu lugar de origem, seja interior ou cidade, é possível ir longe.

 

Protagonistas da própria história

Assim que o documentário ficou pronto, as estudantes voltaram até Barão de Cotegipe para apresentar o resultado final à comunidade. A exibição aconteceu no dia 14 de novembro, na sede do Educarte. Participaram do encontro as crianças e seus familiares. Para o professor Joel Caminho, o documentário mostra a realidade por trás das apresentações, detalhes que ninguém vê, como a vivência musical e o desenvolvimento socioeducativo das crianças. "Quando as meninas perguntaram se eu achava viável apostar o trabalho final no Bahtuca, eu disse: por quê não?".

O professor sabia que o documentário ficaria incrível, mas o resultado final foi além do esperado. Segundo ele, o feedback das crianças foi muito bom. De início, elas estavam desconfiadas, depois ficaram em silêncio, prestando atenção. "O Bahtuca faz parte da identidade cultural de Barão de Cotegipe, é quem nós somos. É a história deles na tela", finaliza.

 

Confira um pouco do trabalho do grupo Bahtuca: 


*Estagiária, sob a supervisão de Greici Audibert.

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