Confiança dos consumidores atinge o maior valor no período da pandemia

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado para Chapecó, registrou aumento de 8,37%, alcançando 84,01 pontos em dezembro. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o índice segue mostrando redução (-18,08%). O boletim é divulgado pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó, junto com o Sindicato do Comércio (Sicom), por meio do Sicom Pesquisas.
A variação positiva do ICC para o mês de dezembro se embasou, principalmente, na percepção positiva dos consumidores sobre as condições econômicas atuais. Isso pode ter sido motivado pela Black Friday de novembro, que faz com que as pessoas enxerguem o período atual como bom para adquirir bens duráveis, moldando suas perspectivas com relação ao momento atual. Também é possível buscar uma explicação pelo período de fim de ano, que traz alegria e estimula gastos, movimenta mais a economia e gera mais empregos.
De acordo com a professora do curso, Cássia Ternus, esse resultado pode estar atrelado a vários fatores. “Com destaque para as expectativas positivas em relação ao fim do ano, junto a isso, o recebimento da primeira parcela do 13º salário, proximidade de férias e, também, é possível que o resultado das eleições municipais tenha afetado a confiança dos consumidores chapecoenses”.
Sobre as expectativas econômicas futuras dos chapecoenses, também houve melhora, que parece estar restrita a um horizonte de tempo mais distante, já que a percepção para os próximos 12 meses teve um resultado negativo, enquanto que no prazo de cinco anos o otimismo aumentou. É possível que o que esteja causando esse efeito seja a reação da Covid-19, que acabou contaminando um número maior de pessoas nos últimos dias, lotando hospitais e fazendo com que algumas medidas restritivas voltassem a vigorar. Neste mês, 45,57% dos respondentes declararam estar mais preocupados com o vírus do que estavam no mês anterior, 33,54% mantêm o mesmo nível de preocupação, 18,99% estão menos preocupados e 1,90% não souberam ou optaram por não responder.
A amostra da pesquisa foi composta por 85 mulheres e 73 homens de diversas faixas etárias e classes de renda, e foi realizada entre os dias 18 e 29 de novembro, por meio do Google Formulários. As maiores variações positivas entre os grupos que compõem o ICC foram: consumidores que possuem renda inferior a R$2 mil (28,52%), seguidos pelas pessoas com até 24 anos (25,88%) e pelo grupo masculino (15,80%). Em contrapartida, os grupos que apresentaram as variações negativas mais expressivas foram: pessoas com idade entre 45 e 65 anos (-19,35%), acompanhados pelas mulheres (-7,53%) e por aqueles que têm renda superior a R$4 mil (-4,72%).
Neste mês de dezembro, a média da renda dos participantes da pesquisa é de R$ 5.042,90, existindo elevação em comparação a novembro (R$3.355,00). Também houve aumento na expectativa de gastos extras, que era de R$422,14 no mês anterior e é de R$812,32 para dezembro. A expectativa de gastos pela internet também registrou alta e alcançou R$261,82, sendo que era de R$251,66 em novembro. A expectativa de gastos para este mês é a maior desde de fevereiro de 2019 (R$915,88).
O Índice de Condições Econômicas (ICE) foi o subíndice que registrou a variação mais expressiva neste mês, de 16,64%, levando o subíndice aos 94,29 pontos. O Índice de Expectativas de Consumo (IEC) alcançou 77,70 pontos, correspondendo a uma variação de 2,93% em relação a novembro. Já a variação do Índice de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (IEIC) foi de -7,15% neste mês, levando o IEIC aos 122,93 pontos.
Dentre os 158 consumidores entrevistados, 81,01% têm alguma obrigação a pagar. Entre os endividados, 14 consumidores (10,77%) também revelaram que estão inadimplentes, ou seja, com obrigações em atraso, especialmente com cartão de crédito e crédito em lojas.
Para a data do Natal, 72,15% dos respondentes demonstraram que estão dispostos a presentear alguém, enquanto 18,99% não pretendem dar presentes e 8,86% se mostraram indecisos. Os dados também mostraram que os chapecoenses pretendem presentear entre quatro e cinco pessoas. Os presentes se direcionarão mais para crianças (44,53%) e adultos (39,06%).
Os consumidores chapecoenses revelaram que estão dispostos a gastar, em média, R$519,68 com os presentes, valor maior que o do ano anterior (R$ 365,00). Para efetivar seus gastos, o meio de pagamento mais escolhido foi o cartão de crédito (41,41%), seguido pelo dinheiro (29,69%) e pelo cartão de débito (28,91%).
Também, 32,81% dos chapecoenses têm planos de usar o 13° para quitar dívidas já abertas, a maior parte, no entanto, irá poupar ou investir o valor (53,13%), e 3,12% utilizará para outras finalidades. Foi constatado, ainda, que 33,59% não receberão o benefício.
No mês de dezembro, 57,59% dos respondentes afirmaram que após o fim da pandemia pretendem manter algum hábito de consumo adquirido durante este período, enquanto 10,76% confirmaram que não manterão qualquer novo hábito. Ainda, outra parte dos participantes da pesquisa (17,09%) não modificaram qualquer hábito de consumo durante a pandemia e 14,56% não souberam responder.
Adentrando na vida financeira dos consumidores, 56,33% deles asseguraram que não houve alteração na sua renda em decorrência da pandemia, enquanto 32,91% constataram diminuição na mesma, 9,49% tiveram aumento na sua renda e 1,27% não souberam ou optaram por não responder. Levando isto em conta, 34,81% dos participantes revelaram ter realizado cortes em gastos extras e 2,53% assinalaram ter cortado gastos essenciais, enquanto 10,76% realizaram cortes tanto em gastos extras como também em gastos essenciais. Outros 32,91% apontaram que mantiveram o mesmo nível de gastos do mês anterior, enquanto 18,99% aumentaram seus gastos extras.
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