O fim do semestre letivo na universidade traz, junto com o encerramento do período de aulas, a realização de um sonho para muitos estudantes. Após anos de luta na graduação, quem chega ao último período de seu curso pensa apenas na formatura. Trata-se de um momento mágico não só para cada formando, mas para familiares e amigos que acompanharam a jornada de estudos. Em sua história, a Unochapecó formou mais de 40 mil profissionais e se sente feliz em somar mais a esse número.

Pensando nisso, foi idealizado o Jornada Uno, um evento com a participação de alunos que se formam neste semestre e egressos da instituição. A ação foi realizada na última terça-feira (27/06) e cumpriu com a missão de fortalecer o vínculo entre a Instituição e seus formados - que foram convidados, de forma especial, a seguirem sua trajetória de conhecimento por meio dos programas de pós-graduação stricto sensu e lato sensu. Nesta edição, os formandos tiveram a oportunidade de conhecer a história de três egressos de destaque, dos cursos de Administração, Engenharia Civil e Odontologia. 

Entre histórias e experiências compartilhadas, os personagens do encontro demonstraram um traço em comum: o reconhecimento da importância das bases que estabeleceram para a carreira durante seus anos de Unochapecó, um sinal de que a missão da instituição com a sociedade local e regional vem sendo bem executada.

Mercado competitivo

O curso de Administração da Unochapecó é um dos mais tradicionais da casa. Com quatro décadas de funcionamento e mais de 3 mil profissionais formados, a graduação se adaptou rapidamente à evolução do cenário empresarial, conhecido por exigir trabalhadores capazes de excelência em múltiplas frentes. Uma das tendências mais fortes do mercado nos últimos anos é o empreendedorismo. 

Foi justamente com tal ferramenta que a egressa Amanda Anjos conseguiu definir os primeiros passos da carreira logo ao fim da graduação, quando abriu o próprio negócio. Hoje, já estabelecida como empresária, ela aponta como fator vital o apoio recebido de professores enquanto ainda considerava a ideia. “Eu criei a empresa no último ano de faculdade, que foi quando tinha o TCC. E eu aproveitei também o TCC para aprimorar um dos assuntos mais prudentes para a empresa, que era o marketing, então eu me senti preparada. Tive muito apoio dos professores durante essa jornada, então eles me ajudaram muito, tive professores que foram mentores do meu negócio quando eu iniciei, e isso pra mim fez total diferença”, destaca. Amanda aponta ainda para a variedade de caminhos oferecida pelo curso de Administração como trunfo para que futuros profissionais evitem áreas muito saturadas e consigam construir o sucesso por meio de especializações bem definidas.

“Eu acredito que o meu maior conselho seria que ninguém vai poder fazer a sua carreira a não ser você. A gente escuta muitas pessoas falarem que que já tem muitos profissionais no mercado, e eu discordo. Todo profissional que busca se especializar e busca ter o seu reconhecimento tem que se aprimorar. Eu tive que me aprimorar bastante, ainda mais sendo uma empresa que eu fundei. E hoje essa empresa nunca atuou no vermelho, muito por conta dessa busca por especialização”, concluiu.

Relacionamento interpessoal em alta

A formação em Engenharia Civil foi uma das mais populares do país nos últimos 15 anos. Em 2017, dados do Ministério da Educação apontaram o curso como o quinto mais procurado em todo o Brasil, com mais de 340 mil matrículas ao longo do ano. O profissional da área, no entanto, deixou para trás a imagem estritamente técnica que ostentava no início dos anos 2000. O engenheiro atual é um líder de equipe com capacidade de diálogo para além dos cálculos de prancheta. Pensando no trânsito interpessoal, o engenheiro civil Kleyton Luza, encerrou os estudos na Unochapecó e se lançou de imediato em especializações que o tornassem mais pronto para conduzir bem os times que fosse liderar.

“Após a graduação, busquei cursos e treinamentos voltados para relações humanas e liderança. Entendi que, independente de qual caminho eu seguisse em minha carreira profissional, ser um bom líder e dominar as relações humanas, seria fundamental para minha evolução. A transição para a carreira foi tranquila, uma vez que estive sempre estagiando, então me planejei e, ao sair da universidade, já estava efetivado no escritório de projetos onde trabalhava”, diz Kleyton.

Para os próximos colegas de trabalho que terá no futuro, o conselho de Kleyton é assertivo: ame a profissão. “A engenharia civil é mais que uma profissão e para conseguir atuar nela, somente amando-a. E é claro, também é importante sempre fazer um bom networking e construir a própria rede de contatos”, recomenda. 

Do outro lado da moeda, a estudante Fabrine Aigner já segue uma das dicas oferecidas por Kleyton. Prestes a começar sua caminhada como engenheira civil, a formanda olha com gratidão para a trajetória que teve como discente da Unochapecó e declarou sua paixão pelo curso. “Minha jornada pela Uno foi longa. Eu sou apaixonada pelo curso, é sempre um novo desafio para ser enfrentado, um constante aprendizado, eu amo isso. O conselho que dou para quem está pensando em cursar engenharia é olhar para os diversos ramos da Engenharia. É muito diversificado, são várias formas de crescer. É uma baita faculdade”, afirma.

Tornar possível para todos

O Brasil é o país com o maior número de profissionais da saúde bucal no mundo. Cerca de 373 mil dentistas atuam no país, de acordo com o Conselho Federal de Odontologia. Entretanto, uma parcela considerável da população brasileira nunca esteve num consultório e nem recebeu atenção especializada. Tal cenário aponta para a necessidade de ampliação na oferta de tratamentos e serviços médicos nesta categoria. 

Pensando nisso, a egressa da Unochapecó, Géssica Cigognini, divide sua jornada de trabalho em duas frentes. Pela manhã, ela atua em uma Unidade Básica de Saúde e à tarde, termina o dia com os atendimentos em seu consultório particular. Para Géssica, o trabalho no Sistema Único de Saúde mudou sua visão a respeito da sensibilidade necessária para lidar com os pacientes, especialmente os mais vulneráveis.

“Logo após a minha formatura, iniciei no mercado de trabalho atuando no consultório particular em Chapecó. Depois, iniciei uma pós graduação na área de Saúde Coletiva, pois queria muito atuar no sistema único de saúde. Com quatro meses cursando a pós fiz um processo seletivo e fui chamada. Ao estudantes, meu conselho está numa frase do filósofo Carl Jung, da qual eu gosto muito. ‘Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana’, ela diz. Usufruam bastante da universidade, é dela que virá a sua evolução como profissional”, encerra.

Quem também mistura a empatia e a alteridade com a sede de conhecimento é a formanda Thainá de Witte, de Odontologia. A jovem relata que as oportunidades práticas oferecidas pela universidade foram vitais para confirmar sua escolha profissional. “Sempre soube que queria cursar algo na área da saúde e sempre gostei mais da parte prática do que da teórica. Além disso, acabo absorvendo muito o sentimento dos outros. A possibilidade de poder devolver qualidade de vida, saúde bucal e a auto-estima dos pacientes me fez escolher pela odontologia. Para quem chega agora ao curso, recomendo que procurem aproveitar ao máximo os estágios que auxiliam muito na percepção da profissão fora da faculdade e a relação com os professores, que sempre dão dicas que vão ser úteis na carreira”, diz Thainá.

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