Cinco grupos de estudantes receberam dos professores do curso de Produção Audiovisual a missão de criar curtas-metragens de terror seguindo as premissas do gênero cinematográfico conhecido como Found Footage. Em uma tradução livre, o termo significa "filmes perdidos", e tem como referência filmes como A Bruxa de Blair, Atividade Paranormal, Rec e Cloverfield.

O estilo surgiu no anos 80, mas ganhou corpo a partir de 1999 com o sucesso de A Bruxa de Blair. Basicamente, as imagens do filme são apresentadas ao público como cenas "reais" gravadas pelos personagens da trama, muitas vezes de forma "amadora".

Em cerca de uma semana e meia os estudantes planejaram suas histórias, pensaram na trama, gravaram e editaram os filmes. A locação das filmagens ficou restrita ao Campus da Unochapecó. O resultado você pode conferir logo abaixo, no fim desta matéria.

Para a coordenadora do curso, professora Ilka Margot Goldschmidt Vitorino, a experiência de integrar estudantes e professores em uma atividade de produção extraclasse foi fantástica. No próximo semestre, segundo ela, a ideia é repetir a dose com outras temáticas.

O estudante do 3º período de Produção Audiovisual, Thiago de Quadros, atuou como roteirista e ator no curta Brincando com Espíritos. Ele relata que a primeira ideia do grupo teve de ser descartada, mas como se trata de cinema, sempre se deve ter um plano B mais viável, e foi o que ocorreu.

"A experiência foi muito boa, pois é uma forma de colocar em prática aquilo que está se aprendendo em todas as matérias, tudo em um único trabalho. A proposta foi criativa. Um gênero diferenciado no cinema brasileiro despertou o interesse de toda a equipe e, como cinema não se faz sozinho, devemos é agradecer o resultado a todos os envolvidos. Como já disse em outras ocasiões, grandes resultados vêm de grandes orientadores. Se conseguimos fazer algo bom, é porque temos bons professores ao nosso lado" afirmou Thiago.

Para o estudante do 1º período, Juliano Backer, esta foi uma experiência bem diferente. "O maior desafio foi fazer um vídeo com uma linguagem amadora e realista que o estilo Found Footage pede. Ao mesmo tempo que precisávamos fazer um vídeo convincente, com a produção pensada, tivemos que fazer os cortes na montagem parecerem naturais e as atuações (de voluntários inexperientes) adequadas. Houve uma certa desconstrução de muito que aprendemos e foi uma experiência muito válida para nosso aprendizado.

Confira os curtas abaixo: