No próximo dia 22 de outubro são 100 anos do início da Guerra do Contestado.
Foi no dia 22 de outubro de 1912 no local denominado Banhado Grande, hoje Município do Irani, no Oeste de Santa Catarina, o palco da primeira batalha da Guerra do Contestado. O episódio que marca o início desse conflito, segundo Vinhas de Queiroz (1966) foi a morte de dois comandantes, João Gualberto – comandante da Força Pública do Paraná e José Maria – curandeiro de ervas conhecido como monge e líder de um grupo de sertanejos que perambulavam pela região.
A Guerra do Contestado foi o maior conflito social brasileiro que banhou de sangue o chão da região contestada e deixou um saldo de, aproximadamente, 8 mil brasileiros mortos, a grande maioria eram sertanejos pobres que viviam nas "terras devolutas" e foram alcançados pela ferrovia colonizadora São Paulo – Rio Grande, no início do século XX.
Os dados levantados assinalam a participação de mais de um terço do exército republicano brasileiro, a utilização de armamento pesado e o pioneirismo da aviação militar em operações de guerra.
A denominação Contestado tem herança remota e ganhou conotação com os litígios e contendas que envolveram, de início, até coroas européias e, mais tarde Brasil e Argentina. No século XX, as disputas entre Santa Catarina e Paraná passaram pelo Supremo Tribunal Federal e foram resolvidas através de um acordo assinado em 1916.
A Guerra perdurou entre os anos 1912 e 1916, deixando fortes marcas na região que, observada no contexto nacional, está marcada fortemente pelos desdobramentos deste conflito social.
Fonte: Projeto “CONTESTADO: DESVENDANDO OS 100 ANOS DA GUERRA” .
Conheça mais sobre a história desse conflito:
VALENTINE, Delmir José. Da Cidade Santa à Corte Celeste: Memórias de Sertanejos e a Guerra do Contestado. 3 Ed., Caçador, SC: Universidade do Contestado, 2003.
QUEIROZ. Maurício Vinhas. Messianismo e conflito social (A Guerra Sertaneja do Contestado: 1912-1916). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966.
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