Hackatruck deixa legado de 11 projetos inovadores na Unochapecó

Quando você precisa de remédios, consegue tomá-los no horário certo? Muitas vezes é difícil lembrar e nem sempre tem alguém por perto para ajudar. Esse problema pode acabar, afinal, essa é a função da 'Melissa', uma enfermeira pessoal em forma de robô. O protótipo foi criado por quatro acadêmicos do curso de Sistemas de Informação da Unochapecó, durante o 'Hackatruck MarkerSpace'. O curso, que encerrou na última sexta-feira (30/11), também reuniu estudantes de outros cursos e provocou os participantes a apontar problemas e buscar soluções.
Baseada em experiências particulares dos membros do grupo, veio a ideia de criar a Melissa. Ela foi pensada para ajudar as pessoas que têm dificuldades de seguir um tratamento médico. Como, por exemplo, idosos que muitas vezes têm problemas de memória, pouca visão e não conseguem diferenciar os remédios, pois precisam tomar vários tipos de medicação no mesmo período.
De acordo com Renato Mello Konflanz, um dos membros da equipe e estudante do 6º período de Sistemas de Informação, a robô faz o controle dos horários para tomar cada remédio, conversa com a pessoa e avisa caso o medicamento seja contraindicado para alguma situação. "Além de poder indicar o formato e a cor dos remédios, o robô poderá ser programado pelo próprio médico", comenta.
O futuro do projeto, para Anderson De Camargo, outro membro da equipe e também estudante do 6º período do curso, é buscar incentivos para continuar desenvolvendo a Melissa. "Eu acredito que no ano que vem seja interessante a gente buscar a incubação na Inctech, com isso vamos ter o apoio de especialistas", relata.
Outra solução
Ainda na área da saúde, outra questão apontada pelos estudantes é o alto índice de pessoas com ansiedade no Brasil. Para ajudar no tratamento das crises, os estudantes idealizaram e desenvolveram um aplicativo, a "Hiossara". Ela funciona como uma companhia para pessoas que sofrem com ansiedade, onde podem conversar e receber dicas do que fazer.
O estudante de Sistemas de Informação e membro do grupo, Mário Telles, explica que a pessoa cadastra no aplicativo coisas que ela gosta, como livros, músicas e filmes. "A Hiossara vai auxiliar as pessoas quando estão com crise. Basta entrar no aplicativo e pedir ajuda, a partir disso o app, baseado nos dados cadastrados, toca uma música que ela gosta ou seleciona um livro", comenta Mário.
A Hiossara, de acordo com o estudante do curso de Ciência da Computação e membro da equipe, Francisco Felipe Riffel, não tem uma interface. "A comunicação funciona através da fala, algo parecido com a assistente pessoal do Google. Um diálogo entre a Hiossara e a pessoa em crise", explica.
O grupo quer dar continuidade no projeto para futuramente disponibilizá-lo às pessoas, sem custo. Assim possibilita que todos tenham acesso ao aplicativo, com a certeza que ele vai ajudá-las.
O Hackatruck
Foram 15 dias de aprendizado que envolveu 45 estudantes de vários cursos da Unochapecó e também de outras instituições. Durante o Hackatruck MarkerSpace, foram criados 11 projetos inovadores na área da tecnologia. O Hackatruck é patrocinado pela IBM Brasil e Flex, em colaboração com a Apple, e executado pelo Instituto de Pesquisas Eldorado. Durante todo o curso os estudantes trabalharam em grupo. Estes foram formados por uma dinâmica, em que cada estudante apontava o que desejava desenvolver e assim os participantes que possuíam os mesmos interesses se reuniram para criar o projeto.
O Hackatruck, para o coordenador de Ciência da Computação, professor Sandro Silva de Oliveira, apresentou aos estudantes as novas tecnologias que a IBM trabalha e aponta em termos de tendência. "Os acadêmicos puderam conhecer o que será trabalhado nos próximos anos no ramo da tecnologia. Além de complementarem a aprendizagem deles". Sandro destaca ainda que os participantes escolheram os temas que iam tratar e, com base nisso, os instrutores auxiliaram para a utilização das ferramentas.
Nas três semanas eles conheceram essas ferramentas da IBM e aprenderam sobre programação swift, internet das coisas (IoT), computação em nuvem, indústria 4.0 e blockchain, além de desenvolverem os projetos. As duas primeiras semanas foram dedicadas mais para a parte técnica e a última voltada à execução do projeto. Durante o curso, os participantes receberam um computador e um iphone para utilizar e acessar as ferramentas.
Para Anderson De Camargo, o curso tem dois viés importantes. "Primeiro o pessoal, pois a inteligência artificial e análise de dados é algo que está em alta e tende somente a crescer. E também profissionalmente, pois o mercado vai olhar com outros olhos para todo mundo que participou do Hackatruck," afirma.
Nestes dias a experiência foi muito além do que somente adquirir conhecimento, pois o curso permitiu a socialização entre os participantes. "Pude interagir com os colegas dos outros períodos e também de outros cursos e outras instituições", relata Francisco.
Essa foi a segunda vez que o projeto Hackatruck esteve na Unochapecó. O professor Sandro comenta que este projeto é muito interessante e importante para os estudantes, por isso a Universidade quer buscar novas parcerias. "Futuramente queremos ter novamente o projeto aqui, para trazer essa série de ferramentas e recursos que a IBM e o Instituto Eldorado nos disponibilizam".
*Estagiária, sob a supervisão de Jessica De Marco
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