Mostra da Agostinho Duarte disponível hoje na página do instagram da galeria

Autodescoberta

Texto Ícaro Colella*

 

Em tempos normais ou atípicos, o contato com a arte tem o poder de resolver algumas inquietações dos espectadores, e ainda mais dos artistas. Estes, por sua vez, se utilizam destas manifestações para expor suas visões acerca do mundo físico, da sociedade ou até de si mesmo. A autodescoberta, homossexualidade, existência. Quem sou eu? e quem não sou? São alguns temas do mundo subjetivo de significações trazidos na nova exposição online da Galeria Agostinho Duarte. Intitulada “Eu e meus (não) eus”, a mostra do artista Lucas Araújo estará disponível hoje (22/10) no Instagram da Galeria, às 19h, e é um convite para o espectador entrar em contato com um universo de descobertas. 

A exposição é composta por oito pinturas realizadas com tinta acrílica sobre tecido de algodão preparado. Elas foram produzidas para a disciplina de Pintura, do curso de Artes Visuais da Unochapecó, sob orientação do professor Ricardo Garlet. O artista conta que, no início da criação dos trabalhos, montar uma exposição estava fora de cogitação, era para ser apenas um trabalho da disciplina. Em seguida, surgiu a ideia de expor os trabalhos de maneira presencial na Galeria, onde seriam fixados com fio de nylon e iluminação direcionada para as obras. 

Com a pandemia, a Galeria incorporou os trabalhos em uma exposição totalmente online, via Instagram. De forma semelhante às exposições anteriores, todo o trabalho será postado no feed da rede social. Também, no dia 22 de outubro, será feita uma live com duração média de 30 minutos no Instagram, em que o artista conversa com um mediador, em uma vernissage online. "Eu acho esse modo de exposição incrível, pois vai poder abranger um público bem maior, que muitas vezes não tem acesso e nem meios de ir em uma exposição presencialmente", comenta Lucas. 

Pintura que compõe a mostra (sem título)

O professor e curador Ricardo Garlet frisa que, demonstrando consciência dos meios técnicos da contemporaneidade, o processo explorado por Lucas inicia na imagem fotográfica do próprio corpo e é ressignificado pela plasticidade pictórica com as cores contrastantes das obras. Bem como o tratamento uniforme das cores sem degradês entre claros e escuros, confere um aspecto gráfico às imagens, atualizando a visualidade da pintura.

A exposição busca passar ao público uma experiência visual que se complementa com as cenas e as frases nelas inseridas, em que, de forma subjetiva, vai abordar os temas explorados por Lucas. O artista espera com a mostra, que o público se instigue a buscar suportes para os diversos momentos de descobertas, como no caso dele, que se utilizou das músicas, que se completavam e encaixavam na experiência existencial como forma de apoio e de ampliar a visão sobre o novo.

"Neste momento de pandemia, a arte se transforma em escape para lugares, seja através de uma experiência visual midiática ou até no simples fato de apreciar música. Por fim, em momentos atípicos ou tempos comuns, a arte sempre existiu, evoluiu, se aprimorou e estabeleceu conexões entre sociedades, momentos e pessoas, nunca deixando de desenvolver seu processo crítico, comunicativo e de experiências criativa", finaliza o artista. 

 

*Estagiário sob supervisão de Gabriel Kreutz

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