O xadrez é um dos jogos mais complexos que o homem já criou. Sobre o tabuleiro, trava-se uma verdadeira batalha entre as peças claras e escuras. Parece difícil, mas não para a enxadrista Liziane Vicenzi, que pratica o esporte desde os 11 anos de idade e encontrou na calmaria do tabuleiro os ensinamentos.

Com 20 anos, conheceu a modalidade na escola, quando foi apresentado um curso de xadrez que começaria no município de Xaxim. Lizi, como é conhecida, sempre gostou de esportes, mas a jogada certa foi escolher o xadrez. “Eu gostava muito das outras modalidades, mas não evoluía. Pensei que o xadrez poderia ser algo diferente, e como é um jogo mais calmo, talvez eu me adaptasse melhor que em outros esportes”, ressalta.

Desde que começou a jogar, Lizi participou de várias competições em nível regional e estadual, entre elas, a Olimpíada Estudantil Catarinense (Olesc) e os Joguinhos Abertos de Santa Catarina. Além disso, a atleta ficou em terceiro lugar nos Jogos Universitários Catarinenses (JUCs) no ano passado, classificando-se para os Jogos Universitários Brasileiro (JUBs), representando a Unochapecó.

Através do xadrez, Lizi conquistou uma bolsa de estudos na Unochapecó e atualmente cursa Jornalismo. O tempo dedicado aos estudos fez que com que a atleta buscasse novos métodos de treinamento. “Agora treino pela internet, normalmente umas três vezes por semana, tento fazer exercícios de tática e jogo”, explica a atleta.

Apaixonada pelo xadrez e pelo jornalismo, na reta final da graduação, a atleta revela que a modalidade será tema do seu Projeto Experimental (PEX), um dos trabalhos de conclusão de curso. “Estou no último período de Jornalismo e vou produzir uma grande reportagem sobre o potencial transformador de vidas através do xadrez”, explica. A atleta que teve a vida transformada pelo esporte, tem a oportunidade de disseminar os ensinamentos que obtidos através dele, e ainda contar história e exemplos de superação.