Pesquisa reconstitui ambiente do Oeste catarinense

Últimos 20 mil anos

Realizar pesquisas voltadas para a região e com isso descobrir novos horizontes até então nunca explorados. O mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Unochapecó, Ivan Eidt, sabe bem o que é isso. Sua pesquisa é inédita para o Oeste catarinense, já que aborda a reconstituição do ambiente nos últimos 20 mil anos. O trabalho conta com orientação da professora Mirian Carbonera e coorientação de Gisele Leite de Lima.

A pesquisa é feita com base na análise dos pólens que se preservaram em sedimentos conhecidos como turfeiras. A coleta das amostras foi feita na Floresta Nacional de Chapecó. Para Mirian, a maior surpresa se deu em relação a data do sedimento, que na parte mais profunda chegou há 23 mil anos. "Como no início da pesquisa foi difícil encontrar pontos onde os pólens estivessem preservados, primeiro foi uma alegria conseguir encontrá-los e depois, ao obter essa data tão antiga, ficamos surpreendidos”, afirma.

Ivan explica que a pesquisa baseada na Palinologia de Quaternário busca interpretar o registro polínico fóssil preservado em camadas sedimentares que se formaram ao longo de milhares de anos. A identificação e interpretação das famílias, gêneros e espécies vegetais presentes ao longo do tempo permite a reconstituição da vegetação e, por consequência, do clima e ambiente regional, uma vez que a vegetação responde a qualquer variação climática. A idade dos sedimentos estudados possibilitou descrever o clima regional do final do Pleistoceno e decorrer do Holoceno, até os dias atuais.

Ainda segundo Ivan, até o momento os dados apontam para uma ambiente de florestas úmidas e frias em torno dos 23 mil anos a.p. (antes do presente). "Em seguida, em direção ao presente, essas florestas regrediram e deram espaço para áreas de campo aberto com manchas de florestas esparsas, somente em um período mais recente, cerca de quatro mil anos a.p. que a floresta de Araucárias passa a dominar amplamente a paisagem regional”, explica. Agora, a expectativa é que a pesquisa seja finalizada em fevereiro de 2019. Novas datas serão estudadas para obter um panorama mais completo e detalhado.



*Com informações do Ceom - Unochapecó 

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