Preço do cesto básico volta a crescer

Após uma redução no mês passado, o preço do cesto básico registrou aumento de 1,54% em julho. Com este resultado, o consumidor chapecoense passa a precisar de 1,40 salários mínimos para adquirir o cesto. No mês anterior, eram necessários 1,39 salários mínimos. Estes dados são da pesquisa realizada mensalmente pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó, em parceria com o Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom). Em julho, a pesquisa ocorreu no dia 02, em dez estabelecimentos comerciais do município, e considerou o consumo de famílias que recebem de um a cinco salários mínimos.
Neste mês, a variação monetária do cesto para os consumidores foi de R$ 22,21. Em junho, o valor necessário para adquirir o cesto era de R$ 1.445,37 e agora, o valor necessário é R$ 1.467,58. Na comparação com os últimos 12 meses, houve um aumento ainda mais expressivo no preço do cesto, já que em julho de 2019, o custo era de R$ 1.381,03. Isso representa uma elevação de 6,27% no custo do cesto básico.
Neste mês, o produto que sofreu maior aumento de preço foi a batata doce (52,41%). Ressalta-se que em junho, o tubérculo havia apresentado queda de -35,81% e isso pode ter motivado boa parte do aumento nesse mês. Além disso, segundo comerciantes locais, essa época do ano costuma contar com uma demanda mais elevada pelo produto, e o excesso de chuvas na região teria prejudicado a colheita.
A segunda maior elevação percentual foi registrada na alface (24,00%). Este produto também apresentou queda significativa no mês anterior (-12,38%) e, mesmo com o aumento deste mês, a verdura registra variação de -1,39% nos últimos 12 meses. Com isso, é possível que este aumento observado no custo da alface tenha relação com um reajuste de preços, que estavam abaixo da média já analisada.
Por outro lado, o produto que apresentou a maior redução percentual em relação ao mês anterior foi a batata inglesa (-20,48%). Segundo o site da HF Brasil, isso pode ter acontecido pela intensificação das safras nesse período, e dessa forma, a oferta mais abundante do produto seria responsável por diminuir as cotações.
Em relação ao extrato de tomate, segundo produto com a maior queda (-13,13%), a pesquisa explica que a matéria-prima (tomate) também apresentou uma redução, o que torna a produção do extrato mais barata. De acordo com a HF Brasil, a intensificação das safras de inverno pode ter influenciado esse comportamento, junto às temperaturas mais elevadas no início do mês anterior, que aceleram a maturação do tomate e criaram uma pressão para baixar os preços, a fim de escoar o produto.
Ao analisar separadamente os grupos que compõem o cesto básico, percebe-se que os não-alimentares registraram a maior alta de preços. Neste mês, este grupo somou R$ 116,37, o que representa um aumento de 3,17% em comparação com junho. Isso também mostra um crescimento de 7,11% em relação ao mesmo mês do ano passado. Neste grupo, o subgrupo dos produtos de materiais de limpeza foi o que registrou a maior elevação (4,83%), seguido pelo subgrupo dos produtos de higiene (1,98%).
Para o grupo dos produtos alimentares também foi registrado aumento de 2,26% em relação ao mês anterior, e de 7,22% em relação aos últimos doze meses. O subgrupo dos produtos in natura lidera a alta de preços com uma variação de 4,48%. Na sequência, estão os produtos semi-industrializados (1,96%) e os industrializados (1,00%).
Por fim, o grupo dos tarifados registrou recuo nos preços pelo terceiro mês seguido. Em julho, os itens deste grupo chegaram para o consumidor a um preço de R$ 311,63, uma variação de -1,37% em comparação com junho. O gás de cozinha foi o que apresentou a maior contribuição para essa queda (-3,34%), seguido pela energia elétrica (-1,55%) e pela água, que permaneceu no mesmo preço do mês anterior.
A cesta básica é a síntese dos preços de treze dos principais produtos que compõem o cesto básico. São eles: açúcar, arroz, café moído, carne bovina, farinha de trigo, feijão preto, leite, banana, margarina, óleo de soja, pão francês, batata inglesa e o tomate. O custo da cesta básica já havia reduzido no mês anterior e seguiu a mesma tendência neste mês, com variação de -2,60%.
Em junho, a cesta custava R$ 352,30, e, neste mês, o custo reduziu para R$ 343,15. Em uma comparação com o mesmo período do ano anterior, também percebe-se uma redução de -0,96%. Com isso, os consumidores, que precisavam de 0,35 salários mínimos para adquirir a cesta básica em junho, precisam agora de 0,33.
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