Chapecó registra alta no Cesto Básico e queda no poder de compra

Chapecó, 14 de julho de 2025 - O Boletim de preços do Cesto Básico, desenvolvido pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó e pelo Observatório Pollen, acompanha mensalmente os preços de 57 produtos e três serviços tarifados, considerando o consumo de famílias com renda entre 1 e 5 salários-mínimos. A coleta foi realizada nos dias 3 e 4 de julho em 10 estabelecimentos comerciais de Chapecó, e indicou que o consumidor chapecoense passou a precisar de 1,78 salários-mínimos para adquirir o cesto de produtos básicos em julho de 2025.
Em comparação ao mês anterior, houve um aumento de 2,01% no valor total do cesto, que passou de R$2.659,25 para R$2.712,62. O acréscimo de R$53,37 compromete ainda mais o poder de compra das famílias. Entre os fatores que influenciaram esse cenário estão as variações nos preços de produtos in natura e industrializados, além da elevação de tarifas em serviços essenciais como energia elétrica, impactada pela bandeira vermelha.
Entre os produtos com maior aumento estão a banana e o tomate, ambos com alta de 27,44%, influenciados por condições climáticas adversas como geadas e temperaturas baixas. Outros itens com variação significativa incluem o absorvente (+21,03%), água sanitária (+22,95%) e alface (+19,23%). Já entre os produtos com queda nos preços, destacam-se o extrato de tomate (-35,57%), o iogurte (-14,28%) e a farinha de milho (-9,70%).
A composição do cesto mostra que os produtos alimentares custaram, em média, R$2.002,45, com aumento de 1,63%. O subgrupo dos produtos in natura foi o que mais encareceu, com alta de 9,47%. Os itens de higiene e limpeza também subiram, especialmente o grupo de higiene (+7,52%), com destaque para o aumento no preço de desodorantes e shampoos. Os serviços tarifados, que incluem água, energia e gás, totalizaram R$465,52, com alta de 2,01%.
Cesta básica
Além do cesto completo, a pesquisa apresenta os dados da cesta básica composta por 13 produtos essenciais. O custo da cesta subiu 5,78% em julho, passando de R$608,02 para R$643,18. Com isso, os consumidores agora precisam de 0,424 salários-mínimos para comprá-la. A alta foi puxada, principalmente, pelos produtos in natura, e mesmo com uma pequena queda no preço do café (-1,14%), o item acumula aumento superior a 50% no ano.
O cenário inflacionário segue desafiador. Em junho, o IPCA subiu 0,24%, superando as expectativas do mercado. O índice acumula alta de 5,35% em 12 meses, ultrapassando a nova meta contínua de inflação. As tensões geopolíticas e as tarifas impostas aos produtos brasileiros pelo governo dos EUA contribuem para incertezas no mercado e pressões sobre os custos de produção, refletindo diretamente no bolso do consumidor.
Confira o boletim completo aqui.
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Texto com informações do curso de Ciências Econômicas da Unochapecó.
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